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Covid-19: 43% dos pacientes com câncer tiveram impacto no tratamento.


De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Oncoguia, 43% dos pacientes com câncer tiveram impacto no tratamento por conta do coronavírus. E, apesar do medo de contrair a infecção ser grande, a maior parte dos procedimentos foi cancelada pelo hospital ou clínica.


Entre os que interromperam, 43% disseram que a decisão foi institucional, outros 12% afirmaram que o tratamento foi pausado por decisão pessoal e apenas 3% confirmaram que a interrupção partiu de aconselhamento com o médico – o restante apresentou outros motivos.


Dos participantes, 34% faziam quimioterapia; 31%, hormonioterapia; 9%, radioterapia; 9%, terapia-alvo e 8%, imunoterapia. O restante (21%) não soube informar o tratamento. Os problemas foram mais frequentes entre os pacientes que usam o Sistema Único de Saúde (SUS): 60% deles responderam que houve impacto contra 33% do sistema privado que relataram dificuldades.


Os principais motivos para pausar o tratamento alegados por parte dos hospitais foram o risco de contágio (22%) e a priorização de pacientes com Covid-19 (14%). Entre as pessoas que tomaram a decisão sozinhas, mais da metade (57%) o fez por medo de se contaminar. Ao todo, 556 pessoas foram ouvidas.


“Este é um dado muito sério e relevante tendo em vista que a recomendação oficial é que o tratamento do câncer não pode parar. O ideal seria a personalização dessa fase, ou seja, que médico e paciente determinem juntos a melhor forma de continuar realizando o tratamento minimizando ao máximo os riscos em relação ao coronavírus”, explica a presidente do instituto, Luciana Holtz.


No caso de sessões canceladas pelo hospital, o Oncoguia sugere que o paciente procure o médico para não ter prejuízo com a pausa no tratamento — o interrompimento total não é aconselhado, mas há alguns exames e procedimentos que podem ser adiados.


Grupo de risco

A pesquisa também questionou se o paciente se considera parte do grupo de risco para coronavírus: 70% respondeu que sim. Porém, o instituto alerta que não é bem assim. Apenas pessoas com câncer hematológico (leucemia, linfoma e mieloma múltiplo), que fizeram transplante de medula óssea, estão fazendo quimioterapia ou possuem outros problemas de saúde (como diabetes e doenças cardíacas) são do grupo de risco.


Pessoas que já tiveram câncer e estão em acompanhamento, assim como pacientes que já são considerados curados da doença, correm o mesmo risco que o resto da população.

Matéria publicada pelo Metrópoles em 24/06/2020. Por Juliana Contaifer Fonte: Oncoguia

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