Taguatinga — A convite do Instituto Lado a Lado pela Vida, ABRAPEC marcou presença na Audiência Pública Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.

A convite do Instituto Lado a Lado pela Vida, um grupo de pacientes atendidos pela unidade da ABRAPEC em Taguatinga se reuniu em 4 de fevereiro para celebrar o Dia Mundial do Câncer em um evento realizado no Anexo II do Plenário 10 da Câmara dos Deputados, em Brasília. A audiência pública teve como objetivo principal debater um tema de grande importância, o qual é a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer.

Na ocasião, a Sr.a Marlene Oliveira, Presidente e Fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida, agradeceu mais uma vez a parceria que está sendo feita com as unidades da ABRAPEC em Taguatinga e São Paulo para incentivar a conscientização sobre os exames preventivos e os direitos das pessoas que estão em tratamento de câncer.

No texto entregue aos deputados estavam em destaque as seguintes informações: “O câncer é uma doença de emergência e é a segunda doença que mais mata no Brasil e em muitos municípios já é a primeira. A maioria das mortes por câncer é evitável porque a prevenção e o diagnóstico precoce são os melhores remédios, a cura para o câncer. Mas o Brasil ainda esbarra em muitos gargalos e 75% dos pacientes com câncer dependem exclusivamente do SUS, mas não há sequer uma ação orçamentária específica para o enfrentamento ao câncer. Mesmo com a estimativa alarmante do INCA que apontou para o aumento no número de casos de câncer no Brasil — 704 mil casos novos da doença no Brasil para cada ano até 2025, além dos pacientes que já estão em tratamento — a segunda doença que mais mata no Brasil e que, em menos de 6 anos, será a que mais mata, recebeu menos de 3% do orçamento total da Saúde, cerca de 2,85%. O PIB do Brasil em 2022 fechou em R$ 9,9 trilhões. E o câncer recebeu em torno de 0,045%. O câncer de mama mata cerca de 50 mulheres por dia. O câncer de próstata mata aproximadamente 44 homens por dia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em 95% para o câncer de próstata, 95% para o câncer de mama e 85% para o câncer infantil.

Conhecer informações sobre o perfil dos diferentes tipos de câncer e caracterizar possíveis mudanças de cenário ao longo do tempo são elementos norteadores para ações de vigilância da doença — componente estratégico para o planejamento eficiente e efetivo dos programas de prevenção e controle de câncer no Brasil. A base para a construção desses indicadores são os números provenientes, principalmente, dos Registros de Câncer e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS).

São esperados 704 mil casos novos de câncer para o triênio 2023–2025. Excetuando o câncer de pele não melanoma, ocorrerão 483 mil casos novos. O câncer de mama feminina e o de próstata foram os mais incidentes, com 73 mil e 71 mil casos novos, respectivamente. Em seguida, o câncer de cólon e reto (45 mil), pulmão (32 mil), estômago (21 mil) e o câncer do colo do útero (17 mil).

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